fantasmas.

"nada prejudica mais a vida que os passos perdidos, as palavras ocas e os pensamentos inúteis" (P.H)

é na flor da pele que a vida se reúne e não posso deixar de dar razão a tudo o que nela entra. estou num parafuso em que em nada deve ser pregado. sei que vou acabar sozinha, todas estas voltas,todas estas confusões e subpalavras não ditas, os pensamentos inúteis... acabam por me fazer mal. mas por estupidez não os deixo de ter. fantasmas, acredito que todas as pessoas que nos deixam, passam a ser fantasmas na nossa vida. começam a assombrar-nos até mesmo quando achamos que já não o fazem ou que já não partilham o pouco que a nossa vida é. a minha vida, parece uma central de fantasmas, onde me cruzo com um e com outro, depois outro e mais outro e por mais irritante que seja, eu volto atrás, á ilha das recordações, lembrar-me de tudo o que esses fantasmas viveram comigo. mas pergunto-me, se esses fantasmas estão sempre tão presentes, ou quando achamos que não, eles continuam a estar (...) porque é que não são reais? ou será que são e apenas eu os vejo como fantasmas? e agora, se és um fantasma, porque é que eu tenho tanto para dar a algo assim?

quando um sentimento foi vivido da forma mais intensa, quando damos de tudo por tudo a alguém que representa esse tudo de tudo, quando amamos desde o canto mais fundo até ao cimo quase inalcansavel com o olhar, é assim. sais e entras e serás sempre um fantasma.

no bem e no mal, um fantasma.