para onde?

a vida dá tantas voltas, têm tantas estradas, tantos atalhos, tantas armadilhas. hoje apercebi-me que tenho que aprender a lidar com isso, tenho que evitar essas pequenas pedras no meu caminho e saltar sobre elas, para no fim me sentir realizada por tudo o que soube ultrapassar. a cada dia que passa, o Mundo vai-me ensinando uma nova lição, mas sei que a maior lição de todas está para chegar. acordei de manha, decidida do que quero, mas o que quero não é o que devo querer, não depois de tudo o que passei. a nostalgia tentou envadir-me de novo, mas eu não quis deixar que ela o fizesse, deu luta e consegui. sentei-me na cama fechei os olhos e pensei "se isto está assim, não há ninguém mais culpado que tu Rita. mas calma, também não há ninguém te salve disto, a não ser tu" , pois bem vamos lá. levantei-me, lavei a cara e ainda que continuasse a parecer uma zoombie, senti que era uma daqueles bem fortes. entrelacei as minhas mãos e apertei com muita, muita força e este foi mais um dos meus pequenos momentos de meditação. sabes? quero que me leves para bem longe daqui, para um sitio em que me deixes sozinha com o mar, não quero vozes, não quero "tus", nem muito menos "eus", quero só a Rita e o Mar, para depois poder escrever um texto bonito em que possas vir a entrar, noutro papel menos doloroso. fazer, já não há nada a fazer. pensar, há sim muito que pensar.

para onde, mesmo?

não, não sei.