termometro sentimental

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os ultimos dias não têm sido tão torridos como o esperado, mas pelo menos assim dão para combinar com o meu estado de espirito que (como esperado) não está nada quente. o tempo não pára e faz-me querer mais e mais. há dias assim, dias em que quero tudo, dias em que posso tudo e dias totalmente contraditórios, dias em que não quero nada, dias em que poder é proibido e censurado na minha cabeça. não digas, nem sequer penses que sou/estou melhor sozinha, porque não te quero dar razão. o precisar e o querer são coisas totalmente diferentes, não me forçes a dar o invulcro valor a essa tua teoria. as pequenas coisas que fazes, chamam-me. a voz e a força que elas exercecem em mim torna-se forte, mais forte, cada vez mais forte. não quero mais dramas na minha vida e cada vez que entras, sinto-me forçada a cumprimenta-lo como companheiro de vida, sinto-me exausta, exausta de tanto sonhar e de tanto cair. exausta de saber que nunca (ou consideravelmente nunca) vou ter um colchão ou alguém disposto a aparar-me a queda. não quero que me digam que é um risco a correr, porque visto assim a minha vida é feita de riscos e quedas. apenas peço uma vida polida, algo estável e credivel. (não sempre, de vez em quando chega-me).
sinto necessidade de um abanão da minha vida, de um puxão para a verdade/realidade e algo que me impeça de voltar aos sonhos constantemente, algo que me marque consultas nesse mundo, consultas com horas de inicio e hora de fim. algo que me diga como e para parar.
um termometro sentimental.