(um) sem titulo, com sentimento

e assim começa mais uma entediante aula. o relógio não anda, está parado (ou pelo menos, parece). quero tanto voltar para lá, não por eles lá estarem, mas porque sei que tu estás. não me sais da cabeça. ignoraste-me e eu respondi-te com toda a minha força desse mesmo modo, achei que não merecias que te seguisse sequer com o olhar, mesmo assim fi-lo. estava chateada.

apercebi-me como ainda tens tanto efeito e poder sobre mim, impressionante.

tu tens magia dentro dos teus dedos, eles que percorriam toda a minha pele. e cada vez que estás perto, cada vez que me olhas através daquele teu geito, geito único, parece que me despes com o olhar, arrepias-me cada vez que movimentas a tua cabeça na minha direcção. porque o fazes então? é para me sentir nua diante ti? nua física e psicologicamente, sim. nada trabalha quando me olhas assim, fico congelada, anestesiada, paralisada com o teu olhar posto em mim desse teu geito tão directo e persuasor. não quero fazer disto uma guerra, em que sinto que perco todas as batalhas, és demasiado forte, sempre foste. pensas que estamos bem, mas eu não o sinto, entre nós não está nada bem, pelo menos nunca parece. mas eu gosto deste estilo desorganizado, dá-nos um ar rebelde e impotente a todas as circunstâncias. eu sei o que procuras em mim e sei que não te estou a dar nada que te possa ajudar. mas tu sabes que o amor é louco, o amor é tão louco e nele fazes-me sentir a mais louca, com tanta loucura que estou a viver. eu sei que não é bom. mas deixa-me então tentar mostrar-te o que quero. tudo o que tens que fazer é com que nada mude. assim estaremos bem. porque vou mostrar-me. porque não me sai da cabeça a tua forma de te mexeres, o teu geito, esse teu olhar. estás tão presente nos meus sonhos, onde me atinges consequentemente, de um geito cada vez maior com o teu sorriso e tentas matar-me com o teu olhar, hipnotizar-me com o teu doce geito de me beijares, a forma com que me tocas. nos sonhos a tua cara procura a minha, as tuas mãos as pontas dos meus cabelos e eu, fujo, fujo, fujo ...

... mas não consigo sair do lugar.