quarta-feira, 30 de setembro de 2009

quase amante ♥

para ti será assim, serei a tua peça podre. e vise-versa. terás uma versão, eu possuirei outra. tens tanto significado quanto eu tenho para ti. o amor é dificil. doente, amargurado e cheio de revolta. é um final. um final demente. afogo-me enquanto caio, enquanto nem faço por me levantar.
vamos parar, a cada palavra tua é um chuto tão grande que me chega aos ossos, é um corte tão fundo que me atinge a alma. rasgas a minha pele e assim flutua o mais puro que tenho em mim. sangue. não poderias maguar mais que hoje. aproveita. faz-me refém dessa dor e invoca todas as tuas taras, hoje podes. hoje eu vou deixar. há noites para tudo, sabes tão bem disso quanto eu. és como um dente-de-leão, voas para o lado que o vento te puxar e no vento soltas os teus trunfos. inteligente. sujo, mas inteligente. não o admitas, não é hora de mostrar os teus pontos fracos, não o farias de modo algum. é esse o teu problema. nunca nada doeu mais que tu. o teu peso em mim são como agulhas extremamente aguçadas que colocas-te cautelosamente na minha vida. tens noção do quanto elas já me deixaram marcada? saberás tu quanta coragem é necessária para criar algo que nunca foi, para querer sem saber por onde caminhar. escolher o desconhecido, como um cego, não de quem olha mas de quem não quer ver. mas sou eu, grande ou pequena, em massa por quem leva a eternidade da mais desprezada por sarar o que um minuto levou a destruír. perdoa-me por te roubar os momentos, implora-me por dar-te mais num desespero do mais intenso, que fica ou que vai.
o amor é dificil. na nirvana em que me encontrava.. nada disso e pouco quero saber. precisarás de mais, de muito mais . para mim, não sabes o verdadeiro significado de chegar a casa e ter um aperto no coração. não sabes o que é ver as folhas das árvores a cair e conjuga-las com o sentimento arruinado que com o tempo criámos. é deprimente. os teus dedos atravessam a minha pele, a minha alma. mas, não passam de imagens. o teu lado doce colado ao olhar, que truque inteligente. foste um quase amante. um sonho sem esperança. um começo sem medo, um fim apressado. mal sabes tu o que significas. não acomules nos teus olhos o que me iludiste ser, chora as verdades, afinal continuarás a não olhar, como quem não pensa nem prova do mais amargo que possa existir, de sabor neutro, ácido de cada gota de veneno que mal abres a boca deixas escapar. posso não pegar no mundo e vasculha-lo de ponta em fim. posso não correr nas ruas ao meio da noite, posso não gritar por ti, posso atender o telefone em mares de esperança sem querer saber quem é e continuar a ter-te na cabeça, na mente, no corpo, na alma. tu foste e eu estou assombrada. tu estás bem, eu facilitei.

deveria saber que me trarias dor, quase amantes sempre o fazem.
que ignorante serei eu, se assim sou, se assim penso ♪

4 comentários:

  1. Este está divinal Ritinha *.*
    Que capacidade. Não pares de escrever nunca. As tuas palavras encantam-me. Lamento é o pessimismo do texto. Com o tempo hás-de encontrar alguém que realmente te mereça, alguém que quando deres um, te dará dois. Alguém que te faça feliz permanentemente e não provisoriamente. Continua assim, és extraordinária rapariga *.*
    Conta sempre comigo *.*

    Beijinhos

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  2. obrigada! =)

    ^^fiquei vidrada nos teus textos... tu escreves mesmo muito bem... ^^tanto sentimento! =)

    ^^beijinho

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quando escreveres, sê num todo o que és. eu quero ler-te.