segunda-feira, 13 de abril de 2009

imprescindível

muito vivemos, muito dizemos passar, estou disposta a esquecer, a perdoar,se me jurares que isto será o ponto final. mentiste-me e usaste-me, sem medo de ser julgado, pois sabias que bastava quereres, para enganar quem quer que seja. conseguiste, mas agora enganaste.

imprescindível, será dizer que acabou.
imprescindível, será dizer que burra não sou mais.
imprescindível, será sublinhas que te perdoei.
imprescindível, será não te culpar dos sinais.

dizes ser tu a não merecer, dizes ser tu a sofrer a precisar de perdoar, sem ânsia ou pudor te olho nos olhos e te digo que burra, não sou mais. fizeste de mim gato sapato, fizeste de mim marioneta plastificada, fechando-me na caixa impedindo-me de viver. chegou a minha vez de te dizer que tudo isso terminou e que perdoar-te já está. não voltes ao meu presente, estás muito bem arrumado aí atrás. a saudade aperta, sim é a verdade, mas a lembrança do sucedido, tornou-se impossível de apagar. não voltes ao presente, estás bem no meu passado, não me faças mais recordar momentos acabados.
não sou poetisa, nem senhora das palavras, mas imprescindível será dizer que as palavras não se podem calar, são a minha essência, são a minha forma de pensar. é no meio delas que o desespero perdura, á procura do que em tempos foi meu, mas soube deitar fora.

vai-te embora, por favor. saí da minha cabeça de uma vez por todas.
imprescindível, não és mais.

2 comentários:

quando escreveres, sê num todo o que és. eu quero ler-te.